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Sobre o Protocolo CIP

A Cifra de Integridade Primal (CIP) é um protocolo público, reprodutível e auditável, voltado à verificação objetiva de integridade de arquivos digitais em contextos institucionais. Seu objetivo é assegurar que dados públicos, registros técnicos, documentos oficiais e evidências digitais permaneçam íntegros ao longo do tempo, independentemente do ambiente computacional em que estejam armazenados.

Fundamento Estrutural

A CIP utiliza uma construção matemática baseada em propriedades estruturais dos números primos. O protocolo deriva suas matrizes hermitianas de um funcional aritmético simples e determinístico:

\( \Delta_{\pi}(x) = \pi(x) - 2\pi(x/2) \)


Esse funcional mede diferenças na distribuição de primos em duas escalas e serve de base para a matriz espectral usada pelo protocolo. Quando blocos do arquivo são projetados nessa matriz, obtém-se uma resposta extremamente sensível a qualquer variação no conteúdo; inclusive a modificações de um único bit.

Diferentemente de hashes tradicionais, que geram apenas um valor comprimido, a CIP produz uma assinatura vetorial composta por projeções espectrais sucessivas. Como a matriz é determinística e pública, e como a estrutura espectral resultante segue padrões estáveis (estatísticas compatíveis com GOE), falsos positivos e negativos tornam-se virtualmente inviáveis.

A segurança da CIP não depende de segredos nem de chaves privadas. Ela decorre da própria aritmética e da estabilidade dos autovalores gerados pelo operador definido por \( \Delta_{\pi}(x) \). Toda alteração no arquivo, por mínima que seja, altera essas projeções de forma mensurável, permitindo uma verificação limpa, objetiva e reprodutível.

A integridade assegurada pela CIP não depende de sigilo: trata-se de uma construção determinística, pública e auditável, baseada em propriedades matemáticas estáveis dos números primos.

Origem Estrutural da Régua Espectral

O protocolo CIP utiliza matrizes hermitianas derivadas do funcional aritmético


\( \Delta_{\pi}(x) = \pi(x) - 2\pi(x/2) \)


Tanto \( \pi(x) \) quanto \( \Delta_{\pi}(x) \) são definidos porque o domínio inteiro é ancorado na unidade. Essa ancoragem não é uma escolha de implementação, mas uma propriedade estrutural da aritmética.

Por consequência, qualquer construção espectral baseada nesses funcionais exige uma régua única. Se diferentes origens, escalas ou regras fossem adotadas para indexar as matrizes, cada escolha produziria espectros incompatíveis entre si, inviabilizando verificabilidade entre distintas implementações da CIP.

Essa coerência estrutural impõe condições específicas:


A segurança do protocolo decorre exatamente dessa coerência: a estrutura aritmética determina a estrutura funcional da CIP. Não há parâmetros secretos e não há liberdade para múltiplas réguas se o objetivo é preservar verificabilidade universal.

A CIP opera como protocolo público porque todas as instâncias seguem a mesma régua espectral derivada da aritmética. Essa unicidade é o que torna assinaturas, verificações, cifragens e decifragens compatíveis entre diferentes ambientes.

Como a Verificação Funciona

A verificação segue três etapas:


  1. O arquivo é particionado em blocos e cada bloco é projetado pela matriz correspondente ao índice (IDX) utilizado.
  2. É calculado um hash SHA-256 para cada bloco projetado.
  3. Os hashes são concatenados, resultando no hash de integridade que é comparado ao registrado na chave JSON.

Qualquer modificação no arquivo — mesmo de um único bit — altera um ou mais blocos projetados e modifica o hash final. A divergência é detectada imediatamente pelo protocolo.

Aplicações Institucionais

A CIP não substitui mecanismos de autenticação ou autoria digital, como a ICP-Brasil. Atua de forma complementar quando o objetivo é garantir integridade, independentemente de identidade.

Próximos Passos

Consulte a documentação, execute a demonstração prática ou utilize a verificação online.