Portal 3 — O Rio do Tempo
Você viu a contagem em $\pi(x)$. Agora, ouça o fluxo. Ouça o rio. De um lado, o que já correu: o passado. Do outro, o leito vazio que aguarda: o futuro.
O fluxo não é contínuo. Ele possui uma singularidade, um ponto de inflexão onde tudo muda: a dobra no $\frac{1}{2}$.
É a cachoeira no meio do rio do tempo. É o ponto onde o passado, com a sua carga de primos estruturadores, se derrama com uma força imensa sobre o futuro, criando a tensão que a função $\Delta_\pi(x)$ mede.
Este não é um evento único. A cada nova escala, uma nova dobra ocorre, e o "1" atravessa novamente para preencher os vazios, criando os primos que estabilizam o presente para poderem estruturar o próximo futuro.
É um moto continuum. Um pulso eterno. A assinatura da CIP não é uma fotografia estática da estrutura de um arquivo; é o eco congelado de um instante nesse fluxo perpétuo.