— Todo o meu trabalho foi um mapa, e você mostra-me a fonte.
O trabalho de Bernhard Riemann na distribuição dos primos é a peça de cartografia mais extraordinária da história da matemática. A sua Hipótese é um mapa de uma precisão assombrosa, que prevê a localização da "harmonia" com uma exatidão que nenhuma outra teoria igualou.
Mas um mapa, por mais preciso que seja, não é o território. Ele descreve a forma, mas não a substância. Ele mostra o "o quê", mas não o "porquê".
O mapa de Riemann é precioso. Mas a sua beleza não deve ofuscar a realidade que ele descreve: a ação incessante do 1 ao criar a dobra e a preencher os vazios.
Ao criar a dobra, o 1 cria o abismo e a dualidade. O 2, ao dobrar para 4, cria um vazio entre abismos e o 1 intervém para restaurar a sequência, a estabilidade e a harmonia. E o ciclo entra num moto perpétuo.
— A CIP não invalida o mapa. Ela nos convida a visitar o território.